Cidade de todos os ritmos

20:47

Do samba ao funk, movimentos musicais surgidos em terras cariocas atravessam as fronteiras ao se espalhar pelo Brasil inteiro e conquistar o mundo

POR KAMILLE VIOLA

Rio - Se nos anos 90 o funk carioca rompeu barreiras ao sair das favelas e conquistar a classe média e a alta, nos anos 2000 ele foi além: conquistou o planeta.

O DJ americano Diplo, que sampleou a funkeira Deize Tigrona, foi um dos que contribuíram para divulgar o gênero mundo afora. Ele também dirigiu, com o brasileiro Leandro HBL, o documentário ‘Favela on Blast’ (2008), que mostra bailes no Rio. A ideia é deixar o exotismo para trás e ser ouvido e tocado em todo o mundo. “O funk teve um ‘boom’ na Europa em 2006, mas agora está renascendo”, observa a cineasta brasileira Sabrina Fidalgo, que vive em Berlim, na Alemanha, e filma o documentário ‘Cidade do Funk’. “Ele não é mais um ‘sub-produto exótico’ ou ‘música de gueto’, como alguns classificam. Em Londres, nas maiores lojas de CD existe a categoria Baile Funk. Nas mais antenadas, há CDs e vinis no departamento de Funk Carioca. O ritmo foi incorporado ao ‘mainstream’, virou referência para vários artistas e produtores estrangeiros”, afirma Sabrina.


O funk percorreu, nos últimos anos, o mesmo caminho da cultura pop brasileira em geral, do cinema ao futebol, se estabelecendo no mercado internacional”, completa o DJ John Woo, do coletivo Apavoramento, que moderniza o funk ao misturá-lo com música eletrônica e faz sucesso em festas de classe média.

Nem só de funk vive a cidade. “No que diz respeito aos ouvidos, o carioca ouve, gosta, absorve de tudo um pouco”, defende João Cavalcanti, vocalista do grupo Casuarina. Para ele, o samba ganhou força no Rio e conquistou o País. “O samba toca nas casas de jovens de todo o Brasil. Se não é exatamente uma novidade, é algo que não acontecia há muito tempo”, comemora.

Créditos: O Dia

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