UPP Problema ou Solução?
04:45 Na Cidade de Deus, funk na corda bamba azeda relação de moradores e PM
Os bailes funks na Cidade de Deus continuam sendo fonte de problema entre moradores e a UPP. O Baile do Coroado, frequentado por traficantes no passado, havia recebido a autorização para promover eventos, mas, segundo seu atual diretor, Gilberto Almeida, a liberação foi cassada pelo novo comandante da unidade.
— Ora pode, ora não pode. Não há como tentar montar uma agenda de eventos assim — reclama.
Segundo a administradora regional de Jacarepaguá, Míria Ferreira, a proibição não é causada por perseguição, mas sim pela falta de câmeras de segurança no salão do baile.
— Se acontecer uma briga ou algo mais grave, a polícia precisa ter imagens para tentar reconhecer os autores.
Os bailes funks na Cidade de Deus continuam sendo fonte de problema entre moradores e a UPP. O Baile do Coroado, frequentado por traficantes no passado, havia recebido a autorização para promover eventos, mas, segundo seu atual diretor, Gilberto Almeida, a liberação foi cassada pelo novo comandante da unidade.
— Ora pode, ora não pode. Não há como tentar montar uma agenda de eventos assim — reclama.
Segundo a administradora regional de Jacarepaguá, Míria Ferreira, a proibição não é causada por perseguição, mas sim pela falta de câmeras de segurança no salão do baile.
— Se acontecer uma briga ou algo mais grave, a polícia precisa ter imagens para tentar reconhecer os autores.
À beira de um curto-circuito UPP do Pavãozinho faz trabalho preventivo para evitar conflitos
O caso do Pavão-Pavãozinho que acabou com a autuação do morador mostrou como é sensível a relação entre a polícia e o morador nas favelas com UPPs. Mais que um enredo de bandidos e mocinhos, o problema tem recebido a atenção dos comandantes das unidades.
No Pavãozinho, em um trabalho preventivo, quatro policiais estão encarregados de distribuir folhetos aos moradores sobre direitos humanos e abordagem policial, além de visitar todas as casas e se apresentarem, explicando o projeto da UPP.
Segundo Cléudio Ferreira de Lima, presidente da Associação de Moradores, o policial pediu de forma agressiva a identificação do homem abordado.
— Nossa funcionária ofereceu que entrassem na Associação para conversar. O morador fechou a porta. O policial veio atrás, forçou e acabou arrombando. Depois, foi o gás de pimenta — contou.
Já na versão do policial, o homem teria fugido para a Associação e se trancado, resistindo à ordem de prisão por desacato. A saída teria sido o uso do spray de pimenta.
Com 24 desacatos em dois meses, PM revê relação com moradores nas UPPs
O caso do Pavão-Pavãozinho que acabou com a autuação do morador mostrou como é sensível a relação entre a polícia e o morador nas favelas com UPPs. Mais que um enredo de bandidos e mocinhos, o problema tem recebido a atenção dos comandantes das unidades.
No Pavãozinho, em um trabalho preventivo, quatro policiais estão encarregados de distribuir folhetos aos moradores sobre direitos humanos e abordagem policial, além de visitar todas as casas e se apresentarem, explicando o projeto da UPP.
Segundo Cléudio Ferreira de Lima, presidente da Associação de Moradores, o policial pediu de forma agressiva a identificação do homem abordado.
— Nossa funcionária ofereceu que entrassem na Associação para conversar. O morador fechou a porta. O policial veio atrás, forçou e acabou arrombando. Depois, foi o gás de pimenta — contou.
Já na versão do policial, o homem teria fugido para a Associação e se trancado, resistindo à ordem de prisão por desacato. A saída teria sido o uso do spray de pimenta.
Com 24 desacatos em dois meses, PM revê relação com moradores nas UPPs
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEji1WBURpygSb11WzDpMOFPIpWQaEqCE3v-Cqep0nM1hxNa6HeJ5oytD6jtGyc7JRGjkDt_YWP7gzKjJIr4jZ3euH_CjylKBSVJqLoH9EtORhHDcWg0_zDA91-nrKghZWTG-BShAOz3Pds/s320/240_2216-fiel.jpg)
Tarde tranquila na comunidade pacificada do Pavãozinho, em Copacabana. Um antigo morador chega à favela e é parado por um PM. Daí em diante, o choque de versões entre o soldado e o homem os leva a uma cena de conflito na Associação de Moradores — com direito a gás de pimenta — e a um desenlace criminal: sua autuação por desacato.
Para impedir que esses choques — só nos últimos dois meses foram 24 desacatos nas comunidades ocupadas — acabem num grande curto-circuito que prejudique o projeto das Unidades de Polícia Pacificadora, a Secretaria de Segurança anunciou esta semana que os soldados das UPPs farão um rodízio nas unidades, para evitar que caiam no vício da perseguição contra moradores.
O caso do Pavão-Pavãozinho não é o único exemplo de atrito. Embora a relação seja amistosa com boa parte da favela, há o outro lado da moeda, de vozes descontentes.
MC Fiel e Zé Baixinho, ao fundo: ordens de PM contra eventos
Uma delas, que soa alto, é a voz do hip-hop de Emerson Claudio dos Santos, o MC Fiel. Autor de uma cartilha sobre abordagem policial, distribuída em março na comunidade, ele e o sogro, José Alves dos Santos — conhecido como Zé Baixinho —, receberam a ordem de policiais para que acabassem com o evento das noites de sexta-feira.
— É arbitrário. Após as 2h, baixamos o som e não incomodamos. Por que a ordem e não o diálogo? — critica Fiel, que afirma ainda receber ordens contra o evento.
Créditos: Guilherme Amado - Jornal Extra/RJ
Para impedir que esses choques — só nos últimos dois meses foram 24 desacatos nas comunidades ocupadas — acabem num grande curto-circuito que prejudique o projeto das Unidades de Polícia Pacificadora, a Secretaria de Segurança anunciou esta semana que os soldados das UPPs farão um rodízio nas unidades, para evitar que caiam no vício da perseguição contra moradores.
O caso do Pavão-Pavãozinho não é o único exemplo de atrito. Embora a relação seja amistosa com boa parte da favela, há o outro lado da moeda, de vozes descontentes.
MC Fiel e Zé Baixinho, ao fundo: ordens de PM contra eventos
Uma delas, que soa alto, é a voz do hip-hop de Emerson Claudio dos Santos, o MC Fiel. Autor de uma cartilha sobre abordagem policial, distribuída em março na comunidade, ele e o sogro, José Alves dos Santos — conhecido como Zé Baixinho —, receberam a ordem de policiais para que acabassem com o evento das noites de sexta-feira.
— É arbitrário. Após as 2h, baixamos o som e não incomodamos. Por que a ordem e não o diálogo? — critica Fiel, que afirma ainda receber ordens contra o evento.
Créditos: Guilherme Amado - Jornal Extra/RJ
Minha opinião.
Diante de todos problemas, falarei "apenas" sobre musica e lazer.
A polícia não pode ser tão preconceituosa, principalmente quando o assunto é funk. Dificil ficar 100% a favor da ocupação, quando ela chega podando a tudo e a todos. Não é impondo nada que se consegue o respeito ou admiração. Pelo contrário, só se consegue o medo, revolta e rejeição.
Muito morador só tem a sua comunidade como diversão, trabalha a semana toda, chega em casa não tem um lugar para se divertir, um boteco para tomar uma cerveja e ainda tem que viver em regime militar.
Imagine voce, fim de semana, querendo curtir com os amigos em um bar, fazer uma festa na sua casa ou apenas lavar o seu carro na sua garagem com som alto e um PM mandar baixar o som ou proibir. Como voce agiria? Acha correto essa postura?
Falar que a PM também está fazendo o trabalho, trazendo segurança e condições melhores a essas comunidades e precisamos enxergar também o lado positivo, para mim não há mérito algum, isso é DEVER. São pagos pra isso, a polícia tem como obrigação defender nós cidadãos, então na MINHA opinião, NÃO há heroísmo. Esse discurso é balela!
Não sou totalmente contra a Polícia, sou contra a falta de respeito, injustiça e abuso. Me ponho no lugar das pessoas e jamais aceitaria ou acataria ordens arbitrárias. Muitos moradores dessas comunidades ocupadas pensam como MC Fiel, Zé Baixinho, Gilberto (todos citados nas entrevistas acima), mas nem todos tem a coragem de se expor como eles. É preciso ter coragem, principalmente quando você é o lado mais "fraco".
Conheço Fiel, sua postura, seu longo e importante trabalho dentro da comunidade, tenho amigos dentro da Cidade de Deus e sei o quanto eles são verdadeiros quando expõem essas situações. Nenhum deles querem a desordem, pelo contrário, estão lutando pelo direito de ir e vir.
A proibição dos bailes dentro e nos arredores da CDD é uma violência contra os milhares de artistas que moram lá. Todos sabem que a comunidade é um dos maiores celeiros musicais, lá existem milhares de profissionais que dependem diretamente desses bailes para sustento de sua família. É muito triste ver a comunidade nesta tristeza!
Citando o Rap da Felicidade: "...O povo tem a força, só precisa descobrir. Se eles lá não fazem nada, faremos tudo daqui."
Valeu!
"Se você e/ou sua empresa possui os direitos de alguma imagem/reportagem e não quer que ela apareça no Funk de Raiz, por favor entrar em contato. Serão prontamente removidas".
A polícia não pode ser tão preconceituosa, principalmente quando o assunto é funk. Dificil ficar 100% a favor da ocupação, quando ela chega podando a tudo e a todos. Não é impondo nada que se consegue o respeito ou admiração. Pelo contrário, só se consegue o medo, revolta e rejeição.
Muito morador só tem a sua comunidade como diversão, trabalha a semana toda, chega em casa não tem um lugar para se divertir, um boteco para tomar uma cerveja e ainda tem que viver em regime militar.
Imagine voce, fim de semana, querendo curtir com os amigos em um bar, fazer uma festa na sua casa ou apenas lavar o seu carro na sua garagem com som alto e um PM mandar baixar o som ou proibir. Como voce agiria? Acha correto essa postura?
Falar que a PM também está fazendo o trabalho, trazendo segurança e condições melhores a essas comunidades e precisamos enxergar também o lado positivo, para mim não há mérito algum, isso é DEVER. São pagos pra isso, a polícia tem como obrigação defender nós cidadãos, então na MINHA opinião, NÃO há heroísmo. Esse discurso é balela!
Não sou totalmente contra a Polícia, sou contra a falta de respeito, injustiça e abuso. Me ponho no lugar das pessoas e jamais aceitaria ou acataria ordens arbitrárias. Muitos moradores dessas comunidades ocupadas pensam como MC Fiel, Zé Baixinho, Gilberto (todos citados nas entrevistas acima), mas nem todos tem a coragem de se expor como eles. É preciso ter coragem, principalmente quando você é o lado mais "fraco".
Conheço Fiel, sua postura, seu longo e importante trabalho dentro da comunidade, tenho amigos dentro da Cidade de Deus e sei o quanto eles são verdadeiros quando expõem essas situações. Nenhum deles querem a desordem, pelo contrário, estão lutando pelo direito de ir e vir.
A proibição dos bailes dentro e nos arredores da CDD é uma violência contra os milhares de artistas que moram lá. Todos sabem que a comunidade é um dos maiores celeiros musicais, lá existem milhares de profissionais que dependem diretamente desses bailes para sustento de sua família. É muito triste ver a comunidade nesta tristeza!
Citando o Rap da Felicidade: "...O povo tem a força, só precisa descobrir. Se eles lá não fazem nada, faremos tudo daqui."
Valeu!
"Se você e/ou sua empresa possui os direitos de alguma imagem/reportagem e não quer que ela apareça no Funk de Raiz, por favor entrar em contato. Serão prontamente removidas".
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