- 20:55
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As letras de apelo sexual que animam os bailes funks do Rio podem estar com os dias contados. Isto é, no que depender do empresário Rômulo Costa, dono da Furacão 2000. Em entrevista ao SRZD, ele conta que os temas serão a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, além da volta dos raps que valorizam o amor e a favela. E pretende, inclusive, criar uma música com repercussão mundial sobre os jogos.
"As músicas de apelo sexual fazem sucesso porque um imita o outro. Mas a tendência é que isso diminua e passe a exaltar os jogos que vão acontecer no Rio, com letras sobre os atletas, esportes e praias. Vou convidar o Stevie B para criarmos uma música, em português e inglês, que o mundo inteiro cante, sobre a Copa do Mundo de 2014", disse refererindo-se ao cantor americano que emplacou o hit "Spring Love", nos anos 90.
Sobre a volta do "funk melody", que fala sobre o amor e o cotidiano das comunidades, ele diz que: "Minha filha de dois anos adora a Rose Bumbum e dança levantando a perna como ela. É a imagem que as crianças têm hoje em dia. O funk não é só isso, tem que ter conteúdo. Por isso, vou incentivar que os jovens criem letras como o eternizado rap da Felicidade e sobre, por exemplo, o primeiro beijo. Esses temas nunca vão sair de moda".
Que os funks da década passada são sempre atuais não dá para negar. Quem, que era adolescente nessa época, não lembra de letras como "Eu só quero é ser feliz, andar tranquilamente na favela onde eu nasci", dos Mcs Cidinho e Doca, ou "Quero te encontrar , quero te amar, você pra mim é tudo, minha terra, meu céu, meu mar", do Claudinho e Bocheca? Resta aguardar.
"As músicas de apelo sexual fazem sucesso porque um imita o outro. Mas a tendência é que isso diminua e passe a exaltar os jogos que vão acontecer no Rio, com letras sobre os atletas, esportes e praias. Vou convidar o Stevie B para criarmos uma música, em português e inglês, que o mundo inteiro cante, sobre a Copa do Mundo de 2014", disse refererindo-se ao cantor americano que emplacou o hit "Spring Love", nos anos 90.
Sobre a volta do "funk melody", que fala sobre o amor e o cotidiano das comunidades, ele diz que: "Minha filha de dois anos adora a Rose Bumbum e dança levantando a perna como ela. É a imagem que as crianças têm hoje em dia. O funk não é só isso, tem que ter conteúdo. Por isso, vou incentivar que os jovens criem letras como o eternizado rap da Felicidade e sobre, por exemplo, o primeiro beijo. Esses temas nunca vão sair de moda".
Que os funks da década passada são sempre atuais não dá para negar. Quem, que era adolescente nessa época, não lembra de letras como "Eu só quero é ser feliz, andar tranquilamente na favela onde eu nasci", dos Mcs Cidinho e Doca, ou "Quero te encontrar , quero te amar, você pra mim é tudo, minha terra, meu céu, meu mar", do Claudinho e Bocheca? Resta aguardar.
Créditos: SRZD Comunidades (Site Sidney Rezende)
Minha opinião: "Depois de toda movimentação da APAFUNK (Associação dos profissionais e amigos do funk) a favor do funk consciente e o reconhecimento do ritmo como cultura é muito fácil agora dizer que vai mudar alguma coisa. O funk está nesse buraco há quase 10 anos e até o Leonardo colocar a "cara para bater" na mídia, ninguém se preocupava com os rumos ou com a sensualidade precoce das crianças que curtem o ritmo. Fica claro na entrevista que a mudança não é por preocupação, mas sim porque já almeja alguma ascensão, já que eventos citados terão status na mídia e no mundo.
Parabéns a APAFUNK por plantar a semente!"
Acesse:
MC Leonardo um reformador social
O MC que devolveu voz ao funk carioca
Associação dos Profissionais e Amigos do Funk
"Se você e/ou sua empresa possui os direitos de alguma imagem/reportagem e não quer que ela apareça no Funk de Raiz, por favor entrar em contato. Serão prontamente removidas".
- 13:49
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Nascidos em Bonsucesso subúrbio do Rio de Janeiro, os dois jovens irmãos, cresceram ouvindo o ritmo que embala as noites quentes cariocas. Naldo começou a cantar em uma igreja, ao lado de sua casa, com 7 anos de idade e aos 15 fez dupla com o irmão Lula.
Descolados em canções e romantismo, a dupla é da nova geração de funkeiros e querem mudar suas próprias histórias cantando funk. Em 2005, Naldo e Lula se lançaram no funk com a música "Tá Surdo". Em seguida as músicas "A Festa É Nossa", "Rebola", "Linda Demais", "Me Chama Que Eu Vou" e um CD lançado por uma gravadora multinacional.
A dupla de funkeiros vem se aprimorando à cada dia e se dedicam a estudar teoria musical, canto e tocar instrumentos. Com um bagagem considerável, já participaram como Back vocal em CD's de outros artistas, são donos de várias composições de sucesso, uma delas é "Depois do amor" interpretada por Perla e Belo, fizeram uma versão da música Maria Maria (Carlos Santanna) e contribuíram com algumas músicas no CD da dupla Claudinho e Buchecha.
Em 2007, a música "Tá surdo?" ficou em 1º lugar nas rádios cariocas, Transcontinental e Band FM em São Paulo, levando a dupla aos quatro cantos do Brasil. Os shows eram tão contagiantes que foram elogiados pela musa baiana Ivete Sangalo. Logo depois, lançaram a musica "Como magia" que ficou entre as 30 mais executadas em todo o Brasil, os meninos foram atração principal de um "Domingão do Faustão".
Em 2008 Lula foi assassinado, Naldo ficou sem seu irmão, seu parceiro de palco e composição. Mesmo diante desta tragédia resolveu continuar com sua carreira.
Naldo não esperava esse retorno fulminante: "Não esperava essa aceitação tão rápida por parte do público, ainda mais depois dos últimos acontecimentos na minha vida. Mas estou feliz em saber que a galera está gostando do meu novo trabalho e está me apoiando."
Seu novo álbum, com produção de Umberto Tavares e Mãozinha, vem cheio de novidades. Um trabalho mais amadurecido, o artista mostra o quanto é versátil com várias composições também em outros ritmos. Naldo está muito confiante com a nova música "Na Veia", que é uma mistura de pop com hip-hop bem dançante. Este álbum traz influências de black music e participações especiais de Alexandre Pires na faixa "Seu Jorge" e o do grupo Sampa Crew, na faixa "Você Cola Em Mim".
Descolados em canções e romantismo, a dupla é da nova geração de funkeiros e querem mudar suas próprias histórias cantando funk. Em 2005, Naldo e Lula se lançaram no funk com a música "Tá Surdo". Em seguida as músicas "A Festa É Nossa", "Rebola", "Linda Demais", "Me Chama Que Eu Vou" e um CD lançado por uma gravadora multinacional.
A dupla de funkeiros vem se aprimorando à cada dia e se dedicam a estudar teoria musical, canto e tocar instrumentos. Com um bagagem considerável, já participaram como Back vocal em CD's de outros artistas, são donos de várias composições de sucesso, uma delas é "Depois do amor" interpretada por Perla e Belo, fizeram uma versão da música Maria Maria (Carlos Santanna) e contribuíram com algumas músicas no CD da dupla Claudinho e Buchecha.
Em 2007, a música "Tá surdo?" ficou em 1º lugar nas rádios cariocas, Transcontinental e Band FM em São Paulo, levando a dupla aos quatro cantos do Brasil. Os shows eram tão contagiantes que foram elogiados pela musa baiana Ivete Sangalo. Logo depois, lançaram a musica "Como magia" que ficou entre as 30 mais executadas em todo o Brasil, os meninos foram atração principal de um "Domingão do Faustão".
Em 2008 Lula foi assassinado, Naldo ficou sem seu irmão, seu parceiro de palco e composição. Mesmo diante desta tragédia resolveu continuar com sua carreira.
Naldo não esperava esse retorno fulminante: "Não esperava essa aceitação tão rápida por parte do público, ainda mais depois dos últimos acontecimentos na minha vida. Mas estou feliz em saber que a galera está gostando do meu novo trabalho e está me apoiando."
Seu novo álbum, com produção de Umberto Tavares e Mãozinha, vem cheio de novidades. Um trabalho mais amadurecido, o artista mostra o quanto é versátil com várias composições também em outros ritmos. Naldo está muito confiante com a nova música "Na Veia", que é uma mistura de pop com hip-hop bem dançante. Este álbum traz influências de black music e participações especiais de Alexandre Pires na faixa "Seu Jorge" e o do grupo Sampa Crew, na faixa "Você Cola Em Mim".
Acesse: www.naldonaveia.com.br
Créditos fotos e texto: Google
Desenvolvimento: Claudia Duarcha
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- 20:32
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A importância das galeras nos extintos Festivais não se pode contestar pois elas formaram um verdadeiro exército a serviço da transformação. Corriam em suas veias os símbolos e códigos que iam passando de geração para geração, fazendo com que mesmo de uma forma não consciente a cultura negra despontasse como agente formador transformando-se em um importante pilar para a melhoria e o avanço social em vários aspectos do cotidiano.
É gratificante ver e ouvir estes jovens passando sua realidade do dia a dia para todo o país através de suas músicas, passa a ser fácil entender o porque de todo este ódio lançado contra o "Movimento Funk é Cultura", por parte da sociedade.
Na década de 90, quando surgiram os primeiros MC's, a massa funkeira nos mostrou sinais evidentes de que ao invés de alienados, estavam cada vez mais conscientes de sua realidade e principalmente de suas necessidades. Em suas letras os funkeiros não falavam somente da banalização da violência que sofriam e sofrem diariamente como também cobraram da sociedade e autoridades, a não educação, a fome, o abandono da saúde pública, o racismo, a discriminação e a falta de oportunidade entre muitos outros temas.
Os nossos jovens lançaram mão de uma arma não violenta mas letal, "a informação", com letras no estilo de "Eu só quero é ser feliz e andar tranquilamente na favela onde eu nasci", da mesma maneira que Zumbi dos Palmares e seus pares queriam nos quilombos de outrora, conseguiram o inimaginável, quebraram barreiras antes intransponíveis e ganharam a adesão importantíssima de jovens de todas as classes sociais que ao contrário de muitos de seus pais não se preocupavam com questões como raça, sexo, religião, condição social. Esses adeptos foram solidários nas propostas de igualdades de chances para todos em aspectos globais sem privilégios ou detrimentos.
Sem poder dominar o "Movimento Funk é Cultura" que tem suas bases claramente popular, a sociedade sempre tentou destruí-lo como já fez a outros usando sua mais poderosa arma, a mídia, mas nunca conseguiu de fato. O funk enfraquece, passa mal, mas não morre e sempre quando se recupera vem com força total arrastando tudo pela frente e até aqueles que torcem o nariz se requebram até o chão em suas mansões em condomínios de luxo.
É um sonho de séculos de difícil realização mas com certeza não impossível, proponho que deixemos de teorizar e ou criticar o "Movimento Funk é Cultura" e mergulhemos em seu interior para melhor o entendermos e assim unidos aos agentes da transformação que já estão em campo podermos melhor ajudá-los.
Participe e conheça a APAFUNK e mergulhe no interior deste movimento.
É gratificante ver e ouvir estes jovens passando sua realidade do dia a dia para todo o país através de suas músicas, passa a ser fácil entender o porque de todo este ódio lançado contra o "Movimento Funk é Cultura", por parte da sociedade.
Na década de 90, quando surgiram os primeiros MC's, a massa funkeira nos mostrou sinais evidentes de que ao invés de alienados, estavam cada vez mais conscientes de sua realidade e principalmente de suas necessidades. Em suas letras os funkeiros não falavam somente da banalização da violência que sofriam e sofrem diariamente como também cobraram da sociedade e autoridades, a não educação, a fome, o abandono da saúde pública, o racismo, a discriminação e a falta de oportunidade entre muitos outros temas.
Os nossos jovens lançaram mão de uma arma não violenta mas letal, "a informação", com letras no estilo de "Eu só quero é ser feliz e andar tranquilamente na favela onde eu nasci", da mesma maneira que Zumbi dos Palmares e seus pares queriam nos quilombos de outrora, conseguiram o inimaginável, quebraram barreiras antes intransponíveis e ganharam a adesão importantíssima de jovens de todas as classes sociais que ao contrário de muitos de seus pais não se preocupavam com questões como raça, sexo, religião, condição social. Esses adeptos foram solidários nas propostas de igualdades de chances para todos em aspectos globais sem privilégios ou detrimentos.
Sem poder dominar o "Movimento Funk é Cultura" que tem suas bases claramente popular, a sociedade sempre tentou destruí-lo como já fez a outros usando sua mais poderosa arma, a mídia, mas nunca conseguiu de fato. O funk enfraquece, passa mal, mas não morre e sempre quando se recupera vem com força total arrastando tudo pela frente e até aqueles que torcem o nariz se requebram até o chão em suas mansões em condomínios de luxo.
É um sonho de séculos de difícil realização mas com certeza não impossível, proponho que deixemos de teorizar e ou criticar o "Movimento Funk é Cultura" e mergulhemos em seu interior para melhor o entendermos e assim unidos aos agentes da transformação que já estão em campo podermos melhor ajudá-los.
Participe e conheça a APAFUNK e mergulhe no interior deste movimento.
Créditos: Luiz Eduardo/Revista Pancadão(1995)
Contribuição: Claudia Duarcha
Créditos Foto: Cartes UERJ
- 23:38
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E aí sangue bom, você não sabia que rola funk em Espírito Santo? E não é de hoje meu caro. Mas se o cumpade ainda está em duvida a gente pode chamar o DJ Alex, o sabe tudo dos capixabas, pra contar a história do ritmo mais contagiante no Estado:
"Há mais ou menos uns 25 anos atrás a equipe pop Rio, que já agitava funk no Rio de Janeiro, veio fazer um baile em Vitória. Eu já tinha uma equipe, Pop Music que tocava dance nas festas. Gostei do baile, fui me enturmando e conhecendo, até que decidi tentar tocar funk", explica o DJ.
O Amor pelo funk começou tão intenso quanto é até hoje. Foi um período áureo, mas curto. Da mesma forma rápida que os pancadões grudaram em milhares de ouvidos, evaporaram da capital capixaba. A conjuntura era complicada e surgiram problemas. Apesar dos bailes terem sido um sucesso, aquela famosa inexplicável violência reforçou o preconceito que as autoridades tinham e ainda tem com o movimento, levando os estabelecimentos a fecharem as portas para o funk. O golpe de misericórdia veio com uma matéria feita pelo Globo Repórter apontando os bailes do estado como o mais violentos do país. Durante um bom tempo, o funk hibernou em Vitória.
Hibernou, mas não morreu. Continuou tendo DJ Alex um amigo fiel, que defendeu o ritmo num programa da Tropical FM durante vários anos e montou a única loja especializada em funk do estado. Com a explosão do Rap nos meios de comunicação, o trabalho do DJ passou a render mais. Ele pulou para litoral FM onde agitou o programa Top Mix. Apesar do ritmo não ter tanta força quando o carioca, possuía uma galera cativa, que não perdia um baile. A quadra da Escola Império, no bairro de Caratuíba, Clube Náutico, entre outros, eram considerados os "berços" do funk.
A preferência era pelo som importado do Rio. Os MC's cariocas eram os queridinhos e não podiam faltar em festa nenhuma. Apesar disso, os MC's capixabas começaram a despontar e aprontar, destacando-se também nas rádios. Um dos mais famosos foi MC Pakalolo com o Rap da Baixada, que pedia a paz para todos.
O trabalho dos amantes do funk em Vitória não foi fácil. Principalmente com a Imprensa falando mal.
"O baile era violento, na época fiz um trabalho de conscientização das galeras e o clima ficou bem mais calmo. Todo mundo pedia a paz no mundo funk, mas mesmo assim ainda foi e é muito discriminado. Ele não é apenas isso que a Imprensa mostra.", defende DJ Alex
Existindo contras ou não, o funk cresceu no Espírito Santos e assim como no Rio, ganhou outros defensores: os playboys.
"O que mais tinha no meu programa era playboy pedindo funk", fala Alex.
A similaridade com o movimento carioca levou a camaradagem, pois os capixabas faziam questão de estarem sintonizados com o pólo funkeiro. Até gravaram um disco que era metade capixaba e metade carioca. Chama-se Top Mix (pela M. Funk record).
--------------------------------
Essa reportagem foi tirada da Revista Pancadão/1995. Fiz questão de colocá-la aqui para homenagear todos os capixabas que amam, respeitam e cultivam o Funk de Raiz. Até hoje eles curtem essa época, colecionam musicas, fazem bailes tendo como ponto alto os MC's cariocas da década de 90.
Aqui no site existem vários capixabas que vez ou outra deixam recados, pedem musica, elogiam, participam e sempre enaltecem os MC's. Os Mc's por sua vez, sempre me contam histórias marcantes de suas carreiras que tiveram como cenário bailes feitos no Espírito Santo. Por tanto esse amor e respeito é mútuo.
Funk de Raiz agradece à todos os capixabas que amam o funk e recebem nossos artistas com respeito e lotam os bailes até hoje.
Valeu rapaziada!!!!!!!!
"Há mais ou menos uns 25 anos atrás a equipe pop Rio, que já agitava funk no Rio de Janeiro, veio fazer um baile em Vitória. Eu já tinha uma equipe, Pop Music que tocava dance nas festas. Gostei do baile, fui me enturmando e conhecendo, até que decidi tentar tocar funk", explica o DJ.
O Amor pelo funk começou tão intenso quanto é até hoje. Foi um período áureo, mas curto. Da mesma forma rápida que os pancadões grudaram em milhares de ouvidos, evaporaram da capital capixaba. A conjuntura era complicada e surgiram problemas. Apesar dos bailes terem sido um sucesso, aquela famosa inexplicável violência reforçou o preconceito que as autoridades tinham e ainda tem com o movimento, levando os estabelecimentos a fecharem as portas para o funk. O golpe de misericórdia veio com uma matéria feita pelo Globo Repórter apontando os bailes do estado como o mais violentos do país. Durante um bom tempo, o funk hibernou em Vitória.
Hibernou, mas não morreu. Continuou tendo DJ Alex um amigo fiel, que defendeu o ritmo num programa da Tropical FM durante vários anos e montou a única loja especializada em funk do estado. Com a explosão do Rap nos meios de comunicação, o trabalho do DJ passou a render mais. Ele pulou para litoral FM onde agitou o programa Top Mix. Apesar do ritmo não ter tanta força quando o carioca, possuía uma galera cativa, que não perdia um baile. A quadra da Escola Império, no bairro de Caratuíba, Clube Náutico, entre outros, eram considerados os "berços" do funk.
A preferência era pelo som importado do Rio. Os MC's cariocas eram os queridinhos e não podiam faltar em festa nenhuma. Apesar disso, os MC's capixabas começaram a despontar e aprontar, destacando-se também nas rádios. Um dos mais famosos foi MC Pakalolo com o Rap da Baixada, que pedia a paz para todos.
O trabalho dos amantes do funk em Vitória não foi fácil. Principalmente com a Imprensa falando mal.
"O baile era violento, na época fiz um trabalho de conscientização das galeras e o clima ficou bem mais calmo. Todo mundo pedia a paz no mundo funk, mas mesmo assim ainda foi e é muito discriminado. Ele não é apenas isso que a Imprensa mostra.", defende DJ Alex
Existindo contras ou não, o funk cresceu no Espírito Santos e assim como no Rio, ganhou outros defensores: os playboys.
"O que mais tinha no meu programa era playboy pedindo funk", fala Alex.
A similaridade com o movimento carioca levou a camaradagem, pois os capixabas faziam questão de estarem sintonizados com o pólo funkeiro. Até gravaram um disco que era metade capixaba e metade carioca. Chama-se Top Mix (pela M. Funk record).
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Essa reportagem foi tirada da Revista Pancadão/1995. Fiz questão de colocá-la aqui para homenagear todos os capixabas que amam, respeitam e cultivam o Funk de Raiz. Até hoje eles curtem essa época, colecionam musicas, fazem bailes tendo como ponto alto os MC's cariocas da década de 90.
Aqui no site existem vários capixabas que vez ou outra deixam recados, pedem musica, elogiam, participam e sempre enaltecem os MC's. Os Mc's por sua vez, sempre me contam histórias marcantes de suas carreiras que tiveram como cenário bailes feitos no Espírito Santo. Por tanto esse amor e respeito é mútuo.
Funk de Raiz agradece à todos os capixabas que amam o funk e recebem nossos artistas com respeito e lotam os bailes até hoje.
Valeu rapaziada!!!!!!!!
Créditos: Revista pancadão
Complemento: Claudia Duarcha
"Se você e/ou sua empresa possui os direitos de alguma imagem/reportagem e não quer que ela apareça no Funk de Raiz, por favor entrar em contato. Serão prontamente removidas".
- 13:08
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Carlos Antonio, conhecido como Padilha, apelido dado por seus amigos, por causa de sua avó que sempre ia buscá-lo na rua, nasceu em uma família ligada a música, seu pai é ritimista da Império Serrano há mais ou menos 30 anos e seu irmão cantor. Marcelo sempre cantou e desde pequeno já chamava atenção com sua voz. Ambos funkeiros, sempre curtiram bailes funk.
Apaixonados pelo dom de cantar, Marcelo e Padilha se conheceram disputando um festival de galeras representado Abolição e Iriri respectivamente. Por ironia do destino, os dois acabaram ficando para a final e Marcelo ganhou com o "Rap do Arrastão" e com o "Rap das Galeras Unidas", Padilha foi o vice. Rivais por algumas horas, o futuro pregou uma peça nos dois e designou uma amizade forte. Esta começou depois de algum tempo, quando Padilha se mudou para rua próxima onde mora Marcelo, pronto a dupla estava formada.
"Foi um dos maiores festivais que existiu. Defendendo uma galera, eu conheci o meu amigo... ele ganhou e eu fiquei em segundo lugar, então resolvemos unir as forças, para criar a dupla Marcelo e Padilha", explica Padilha.
A partir daí a dupla começou a compor e a correr atrás do seu espaço. Foi no Festival do Coléginho, que eles cantaram pela primeira vez o "Rap do Curral", conhecido também como o "Rap do Betinho". Os meninos arrebataram o primeiríssimo lugar sem deixar duvidas.
"Rap do Curral" o maior sucesso da dupla, até hoje é considerado uma das letras mais bonitas e politizadas do movimento. Questinonado sobre a mesma, Marcelo responde:
"O movimento funk é arte, é uma cultura. É você ver as crianças olhando para o palco com a boca aberta querendo ser um MC,entendeu? É igual ao futebol. O futebol é uma arte, as crianças hoje não tem aquele campinho de várzea que tinha antigamente para jogar, não tem como mostrar sua arte. Hoje, ou elas estão na internet aprendendo besteira, ou estão andando atrás dos traficantes na comunidade. Agente não quer isso para elas, então o nosso movimento funk, é isso... é mostrar como é o grafite, é a boa música, é falar para as crianças irem para escola, entendeu? Porque para você fazer uma letra de música digna, bonita, você tem que saber escrever. Você só aprende a escrever, se você ler bem, se você falar bem, entendeu? Tem pessoas que falam: Caramba Marcelo, você mora dentro de uma comunidade, você sabe se expressar como as pessoas de fora da comunidade. Mas aí eu falo para elas: para isso, você tem que aprender a ler, respeitar os mais velhos. Porque os mais velhos te ensinam, te dão arte, te dão cultura. Isso você tem que ter, isso ninguém tira de você."
Os dois MC's não pararam mais e inspirados no amor mal correspondido de um colega, a dupla escreveu "Rap Pare e Pense". O som ficou acima do normal, já que a letra é digna de verdadeiros românticos. Com essa musica, arrebataram novamente o primeiro lugar no Festival do Coleginho. Desde aí ninguém mais segurou a dupla de MC's, que preservam acima de tudo a amizade:
"O sucesso da nossa dupla está na amizade, honestidade e companheirismo", explica Padilha
Marcelo e Padilha são donos de vários sucessos, "Rap do Curral", "Pare e Pense", "Amor Eterno", "Marcela" um melody feito em homenagem a sua filha na época com 1 mes apenas de vida. Hoje , Marcela é uma menina linda de 15 anos, apaixonada por balé.
As apresentações eram contagiantes, a dupla sempre sacudia os bailes por onde passavam e por conta disso eram figurinhas fáceis no programa da Furacão 2000 na CNT, sabado sim, sabado não lá estavam eles na TV.
Como a maioria dos MC's que criaram o funk carioca, não dependem de suas musicas tocando nas rádios para mostrarem seus talentos, a dupla continua na estrada se apresentando, fazendo sucesso e arrastando seus fãs para os bailes. A dupla tem consciencia da sua importancia e se consideram acima de tudo funkeiros.
"Somos funkeiros. De raiz!!!!! Sou aquele cara que curte o que é bom. Curto assim, de ficar de boa aberta, entendeu? Até quando você está vendo os próprios amigos, que fazem um trabalho bonito, você pára para prestar atenção neles, porque a próxima vez que você estiver lá no palco, vai cantar a música dele, fazer como ele. É um encanto, é uma magia. É quando a gente encontra num baile, um amigo cantando uma letra maneira, uma música legal, a gente se arrepia... aquilo é raíz... aquilo é a essência de um bom funk", explica Marcelo
Marcelo e Padilha estão com as musica "Bye Bye" e "Bonde Errado", os mcs mostram que talento e voz são como vinho, só melhoram com o tempo.
Instagram:
Marcelo
Padilha
Bonde Errado:
Pare e Pense
Rap do Curral
Marcela
Créditos Texto e Fotos: Claudia Duarcha
Créditos Entrevista: Adriana Lopes (Drica Lopes)
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- 11:34
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Os irmãozinhos do outro lado da poça estão de luto, é que a "justiça" através de atos do Exmo. SR. DR. juiz Custório de Barros proibiu por tempo indeterminado, a realização de bailes funk em locais que não fossem previamente autorizados o objetivo segundo o Sr. Juiz é reprimir o tráfico de drogas realizado duarante os eventos segundo investigações feitas pelas policias Civil e Militar, os traficantes eram figurinhas constantes e se misturavam entre os frequentadores, que muitas das vezes se envolviam em situações dificeis sem ter culpa de nada.
O mandado de busca e apreensão expedido pelo Sr. Juiz Custódio de Barros determina a retirada de todo o material usado nos bailes funk da cidade.
É a favela do Sabão, São Lourenço, Largo da Batalha entre outros "points" estão temporariamente orfãos do Movimento Funk é Cultura.
Essa notícia é do ano de 1995. Há 15 anos o Funk é proibido em Niterói e ninguem fez ou faz nada para mudar essa situação. Enquanto existiam bailes em outros lugares do Rio de Janeiro, nós moradores da "Cidade Sorriso" éramos negligenciados por este ato. Não teve nenhum tipo de justiça, na verdade ele quis, ele assinou e assim profetizou. Funk aqui só em pouquíssimas comunidades.
Um mes depois do Funk ser votado como Cultura na ALERJ, a quadra da Academicos do Cubango teve seu baile interditado por conta deste ato e de la para cá tem sido complicado abrir as portas de quaisquer clubes para o movimento. No Fonseca Atletico Clube, onde recentemente estavam sendo feitas edições de festas do Funk antigo também está com problemas.
Os anos passam, muitos pensam que as coisas mudam, mas por aqui tudo igual....
Créditos da reportagem: Revista Furacão/Renata AlemidaO mandado de busca e apreensão expedido pelo Sr. Juiz Custódio de Barros determina a retirada de todo o material usado nos bailes funk da cidade.
É a favela do Sabão, São Lourenço, Largo da Batalha entre outros "points" estão temporariamente orfãos do Movimento Funk é Cultura.
Essa notícia é do ano de 1995. Há 15 anos o Funk é proibido em Niterói e ninguem fez ou faz nada para mudar essa situação. Enquanto existiam bailes em outros lugares do Rio de Janeiro, nós moradores da "Cidade Sorriso" éramos negligenciados por este ato. Não teve nenhum tipo de justiça, na verdade ele quis, ele assinou e assim profetizou. Funk aqui só em pouquíssimas comunidades.
Um mes depois do Funk ser votado como Cultura na ALERJ, a quadra da Academicos do Cubango teve seu baile interditado por conta deste ato e de la para cá tem sido complicado abrir as portas de quaisquer clubes para o movimento. No Fonseca Atletico Clube, onde recentemente estavam sendo feitas edições de festas do Funk antigo também está com problemas.
Os anos passam, muitos pensam que as coisas mudam, mas por aqui tudo igual....
Texto: Claudia Duarcha
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- 11:00
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"Funk de Raiz abre espaço para uma dupla atual. Acreditamos no ptencial dos dois"
Ouça Essa Menina
http://www.4shared.com/file/148149358/46050c0f/L__C_MC_-_Essa_Menina.html
Quem quiser apostar na dupla:
Contato: (21) 8742-3831 ou 9354-3782
MSN: l.cmcs@hotmail.com
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Moradores da Cidade de Niterói /RJ, a dupla Luiz e Cristian começou a compor em 1995, mas o gosto pelos palcos só veio em 2001, quando começaram a divulgar a musica "Não da moral, Não faz uma Graça", musica essa que ficou conhecida pela Radio 94 FM, levando os meninos a várias apresentações pela cidade.
A estrada é longa e árdua, com pouco espaço para mostrar seus talentos e sem ajuda nenhuma, os meninos desanimaram e desistiram da carreira.
"Queríamos entender o que estava faltando, o que estava errado. ...", conta Cristian
Alguns anos parados mas sempre sonhando em cantar, Cristian pediu ao amigo Luiz mais uma chance para a dupla e juntos resolveram buscar o seus respectivos espaços.
"Estamos voltando, é isso o que gostamos e sentimos necessidade. Estamos estudando mais, porque queremos fazer um lance diferente e firmar o pé no funk. O nosso sonho é ter nosso trabalho reconhecido. Vamos com tudo atrás disso!!!", explica Luiz
Fãs do melody a dupla está trabalhando a musica "Essa Menina", autoria da dupla
"Nunca é tarde pra sonhar e é com este pensamento que estamos apostando nesta canção. A musica tem superado nossas expectativas, graças a Deus.", fala a dupla
Estamos torcendo pela dupla.
A estrada é longa e árdua, com pouco espaço para mostrar seus talentos e sem ajuda nenhuma, os meninos desanimaram e desistiram da carreira.
"Queríamos entender o que estava faltando, o que estava errado. ...", conta Cristian
Alguns anos parados mas sempre sonhando em cantar, Cristian pediu ao amigo Luiz mais uma chance para a dupla e juntos resolveram buscar o seus respectivos espaços.
"Estamos voltando, é isso o que gostamos e sentimos necessidade. Estamos estudando mais, porque queremos fazer um lance diferente e firmar o pé no funk. O nosso sonho é ter nosso trabalho reconhecido. Vamos com tudo atrás disso!!!", explica Luiz
Fãs do melody a dupla está trabalhando a musica "Essa Menina", autoria da dupla
"Nunca é tarde pra sonhar e é com este pensamento que estamos apostando nesta canção. A musica tem superado nossas expectativas, graças a Deus.", fala a dupla
Estamos torcendo pela dupla.
Ouça Essa Menina
http://www.4shared.com/file/148149358/46050c0f/L__C_MC_-_Essa_Menina.html
Quem quiser apostar na dupla:
Contato: (21) 8742-3831 ou 9354-3782
MSN: l.cmcs@hotmail.com
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- 10:13
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