"Eu acredito que a CIA criou o funk para destruir o samba".

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O funk é uma criação da CIA, o serviço secreto dos Estados Unidos, para destruir o samba nas favelas cariocas. A afirmação é uma crítica, em tom de brincadeira, do pesquisador Sérgio Cabral, um dos grandes defensores da cultura nacional, que participou como debatedor no IAB-RJ, sobre a integração entre morro e o chamado asfalto, onde o SRZD esteve presente.

O pesquisador disse que por ter sido do Partido Comunista acredita em Imperialismo Norte-americano, e que os Estados Unidos querem destruir o samba. "Eu acredito que a CIA criou o funk para destruir o samba".

De acordo com ele, o rótulo de "música de velho" que o samba ganha contribui negativamente para ao samba reconquistar seu espaço na favela. "As pessoas acham que samba é música de velho e funk é música de jovem".

O autor de "É com esse que eu vou" e "Sassaricando", se diz chato por ter essa visão, o que seria diferente da maioria. "Eu fico bancando o chato, mas é difícil encontrar um produto de funk que seja bom. Nas favelas, o samba está perdendo para o funk", disse Sérgio Cabral, pai do governador do Rio. E ainda querem colocar o gospel como patrimônio, uma coisa americana, pode isso?".

Violência e crescimento das favelas ajudou para samba sumir do morro

Cabral disse que o samba está diminuindo nas favelas, e o crescimento aliado a violência contribui para isso. "Vejo favela há mais de 60 anos, Sai de Cavalcante Depois dos anos 1960 é que a coisa ficou difícil. A casa do Carlos Cachaça, na Mangueira, ficava a 100 metros da entrada, e já começavam a parar: "vai pra onde", aí eu dizia que ia na casa do Seu Calos. Aí parei".

Ele disse que chama a atenção é o amor que do favelado tem pela favela. "Boa parte dos sambas falam bem, de coisa boas da favela. Existe um laço amoroso do favelado que arquitetos deveriam levar em conta no Morar carioca. Eu ainda tenho algumas coisas do Partido Comunista".

Ele conta que andava com o humorista e trapalhão Mussum. Disse que ele foi fazer uma casa em Jacarepaguá, e nela tinha 7 banheiros. "Um dia eu contei isso ao Martinho da Vila, que disse: só que já foi favelado sabe a importância do banheiro. Porque antes eles não tinha banheiro".

Créditos: SRZD

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