O funk agora também é culpado por assaltos seguidos de morte.

17:24


Pois é, agora somos também culpados por todos assaltos seguidos de morte no Rio. A matéria alega que a PM fez um levantamento e medidas serão tomadas. O mesmo deixa claro que a discriminação contra o funk continua grande, o que é inadmissível.

O Funk hoje é apontando como o maior vilão do Rio de Janeiro, estão atribuindo ao ritmo todas as mazelas que são heranças de corrupção, péssima administração, abuso de poder, desvio de dinheiro etc.... dos governantes e todos órgãos públicos de direito.

É revoltante saber que, depois desses anos todos de luta pela igualdade e contra a exclusão, ainda somos perseguidos, criminalizados e discriminados. Parece que não existe nada de mais importante no Rio que a luta pelo fim do movimento.

Espero que todos aqueles que curtem funk, respeitam o movimento e não são coniventes com toda essa perseguição, façam alguma coisa.

Aqueles que ficam de fora, encima do muro, só reclamam e não fazem nada, deveriam "arregaçar as mangas" e procurar seus direitos. Se continuar olhando apenas para o seu umbigo, nessa desunião tamanha e esperando que alguma coisa caia do céu, quando abrir os olhos não terá nem o próprio umbigo para olhar.

Chegamos à esse ponto, porque a grande maioria continua vivendo na alienação, porque é mais fácil viver assim.

Lutar por quê, se uma hora ou outra caí uma merreca no meu bolso?

Lutar por quê, se ainda me chamam para fazer um "bailinho" ali e lá?

Lutar por quem? No final não serei eu quem vai ganhar os méritos....

Eu como funkeira, me sinto hoje decepcionada pela conduta dos maiores interessados na preservação do funk. Vejo uma minoria de profissionais lutando pela causa e a grande maioria reclamando de braços cruzados e na hora da convocação não comparece.

Quem está de fora, hoje enxerga muito mais, quem está dentro, continua usando a velha e famosa venda nos olhos.

Volto a repetir: Como toda venda que se preze, se esticar um pouquinho os olhos o que "conseguimos" enxergar é nossa própria barriga e umbigo.

Esse é o meu desabafo tomado por uma decepção contínua. Sinceramente? Não estou preocupada com a opinião de quem se doer ou vestir a carapuça.

Se minhas palavras incomodaram, é porque a sua dívida é maior do que a sua perspicácia. Se você não dá valor ao seu ganha pão, não cobre dos outros isso.

Você também tem duas opções: Continuar de cabeça baixa, sendo enganado, roubado e negligenciado ou respirar fundo, arregaçar as mangas e fazer a diferença. Cabe a você ter a sensibilidade, inteligência, engajamento e principalmente aprender a cuidar do que é seu como se você fosse o único dono.

Aproveito para deixar como exemplo uma frase de um amigo e uma pessoa que tenho total respeito e admiração:

"Se dependesse de apoio pra caminhar, não teria chego até aqui, Mano Teko"

Leia sobre esse absurdo:


Créditos texto: Claudia Duarcha

Créditos Foto: Google.

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