É equivocada a ideia de que os moradores da favela se habituaram com a violência cotidiana a que são submetidos, seja ela praticada pelos criminosos, seja por agentes do Estado que reiteradamente cometem arbitrariedades.
Fala-se muito da "lei do silêncio" na favela, mas esquece-se que não se pode confundir estar num mesmo espaço físico, com a conivência com o poderio bélico de traficantes.
Essa confusão tem gerado outras pressuposições equivocadas sobre os moradores de favelas. No passado, entre os anos 1907 e 1918, tivemos a criminalização do samba, cuja execução foi proibida no Rio de Janeiro pois se considerava que, tal como a capoeira, o samba seria diretamente ligado à marginalidade e à desordem. Hoje é impossível se pensar no Rio de Janeiro e não associá-lo ao samba.
Já o funk começou a ser associado à desordem a partir de 1992, quando difundiu-se a ideia de que os "funkeiros" eram um problema e uma ameaça à cidade. Novamente, tomou-se a parte pelo todo, optando-se por perseguir uma manifestação musical em detrimento de se buscar a construção efetiva de uma política pública de segurança.
É preciso parar de silenciar a favela, nesse sentido seria bastante oportuno um debate sobre a descriminalização do funk.
Créditos: Ana Paula Miranda
Fala-se muito da "lei do silêncio" na favela, mas esquece-se que não se pode confundir estar num mesmo espaço físico, com a conivência com o poderio bélico de traficantes.
Essa confusão tem gerado outras pressuposições equivocadas sobre os moradores de favelas. No passado, entre os anos 1907 e 1918, tivemos a criminalização do samba, cuja execução foi proibida no Rio de Janeiro pois se considerava que, tal como a capoeira, o samba seria diretamente ligado à marginalidade e à desordem. Hoje é impossível se pensar no Rio de Janeiro e não associá-lo ao samba.
Já o funk começou a ser associado à desordem a partir de 1992, quando difundiu-se a ideia de que os "funkeiros" eram um problema e uma ameaça à cidade. Novamente, tomou-se a parte pelo todo, optando-se por perseguir uma manifestação musical em detrimento de se buscar a construção efetiva de uma política pública de segurança.
É preciso parar de silenciar a favela, nesse sentido seria bastante oportuno um debate sobre a descriminalização do funk.
Créditos: Ana Paula Miranda
Matéria Jornal Extra
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