Funk: MCs trocam as letras de violência e sexo por mensagens de amor e liberdade

19:00



O som inconfundível que anima as ruas do Rio de Janeiro não conta mais a história de jovens armados e mortes por balas perdidas. Nas favelas, a música funk que agora se ouve apela a uma vida pacífica sem confrontos e violência. Com os bairros anteriormente dominados por traficantes agora controlados pelas Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), o funk da crítica social evoluiu para uma nova tendência. Um dos exemplos é o "Rap da Liberdade", escrito em Abril passado por MC Henrico, residente no Morro de Catrambi, na Tijuca, logo após a ocupação das forças policiais. "O exemplo dos moleques é uma arma e um bandido. Ainda sonho em ver meu filho armado com um livro", canta o músico, para quem o novo modelo de policiamento pode acabar com o estigma de que o funk está sempre ligado à criminalidade.

De acordo com uma investigação, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Economia e o Centro de Pesquisa e Documentação de história Contemporânea do Brasil, que avaliou, entre outras questões, a operação da UPP no Complexo Alemão, 53% dos moradores do local deram nota máxima (entre nove e dez) à medida. Dos 1200 moradores ouvidos, 76% considera ainda que a qualidade de vida melhorou nas favelas. Questionados se podem ir a qualquer lado a qualquer hora do dia, os residentes do Complexo do Alemão deram 81 pontos à situação de segurança actual, mais 12 pontos do que no ano passado. A pesquisa foi realizada entre os dias 4 e 28 de Janeiro em várias favelas da cidade.

Tanto Frank, do Complexo do Alemão, como Fiell, do Morro Dona Marta, dizem nos seus versos, que a presença da UPP é positiva, apesar de não resolver todos os problemas da comunidade. A ideia encontra-se clara numa letra de Frank: "Tô querendo mais amor, justiça e liberdade. A UPP tá fortalecendo, mas se liga na ideia, trás escola, saúde e esporte para a favela". S. S. P.


Créditos Ionline

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