"O universo das favelas e dos subúrbios cariocas já me atrai por si só. A construção do espaço, da imagem e do corpo. O baile é uma explosão, várias cenas que acontecem ao mesmo tempo, em um milésimo de segundo", contou a fotógrafa para 'O Globo'.

Essa é a segunda mostra de Dacorso. A primeira, realizada no Ateliê da Imagem em 2009, era mais focada "no corpo, no tesão". Diferente do que revela a fotógrafa nessa edição, "tem menos sexualidade e mais cultura. Tem retratos de vários personagens do funk e uma homenagem a Lacraia. Tem fotos da década de 1990, em uma incursão que fiz no baile do Chapéu Mangueira, na época da 'Dança da bundinha'. E um vídeo caseiro que a molecada posta no YouTube do 'Passinho do menor da favela'".

O funk desceu o morro para pegar geral. "O preconceito diminuiu, mas as pessoas ainda são cautelosas sobre o assunto. O funk era mais underground, mais restrito às comunidades e aos subúrbios. Não frequentava festa de classe média, não era hypado. Era música de marginal", diz Daniela.

'Totoma! - Imagens do funk carioca'
Galeria do Sesc Tijuca. Rua Barão de Mesquita, 539 - RJ.
De 11/8 a 30/9/2011. Terça a sexta, do meio-dia às 20h30. Sábado, domingo e feriados, das 8h às 16h30.
Grátis

Créditos: Isabella Infantine - Foto: Reprodução/Pedro Martinelli